Gigantes do cassino de Macau ganham renovações de licenças, Genting da Malásia perde licitação

Macau disse no sábado que renovou as licenças de seus seis principais operadores de cassinos, com a cidade buscando termos que ajudem a diversificar sua economia longe do jogo.

A ex-colônia portuguesa é o único território da China onde os cassinos são permitidos e emite apenas seis concessões operacionais para uma indústria multibilionária que, até a pandemia, era maior que Las Vegas.

As seis operadoras atuais - incluindo as subsidiárias das gigantes de Las Vegas MGM, Wynn e Sands - apresentaram pedidos de renovação, mas uma empresa ligada à gigante malaia de jogos e resorts Genting desafiou o antigo oligopólio com uma oferta surpresa.

Essa tentativa falhou, no entanto, quando o líder de Macau, Ho Iat-seng, anunciou que os detentores de licenças existentes receberam concessões provisórias.

"O desenvolvimento de negócios não relacionados ao jogo é o fator mais importante" na decisão do governo, disse André Cheong, ministro da administração e justiça de Macau, a repórteres.

Ele não forneceu detalhes sobre o que os detentores de licença seriam obrigados a investir e onde.

O governo disse que vai negociar os detalhes com as seis operadoras e as novas licenças entrarão em vigor no início do ano que vem.

Há muito que Macau procura diversificar do jogo para o turismo e lazer.

Os cassinos da cidade foram atingidos por restrições da era pandêmica que afastaram os jogadores da China continental, que constituíam a grande maioria dos clientes.

"A fonte de nossos turistas está muito concentrada", disse Cheong no sábado, descrevendo a situação como "não saudável".

A receita bruta de jogos caiu 98% em relação aos níveis pré-pandemia e caiu para uma baixa recorde em julho, anunciaram autoridades anteriormente.

Mesmo que as medidas de pandemia sejam totalmente suspensas, é improvável que os cassinos de Macau voltem aos seus dias mais inebriantes e descontraídos.

O presidente chinês, Xi Jinping, liderou uma campanha anticorrupção que aumentou o escrutínio dos grandes apostadores e funcionários que viajam para jogar em Macau, onde os casos de lavagem de dinheiro são comuns.

Durante décadas, a indústria do jogo de Macau foi gerida como um monopólio do magnata dos casinos Stanley Ho, mas em 2002 mais operadores foram contratados e emitiram concessões de 20 anos como parte de um esforço de liberalização.

Em janeiro, as autoridades reduziram o período de concessão das licenças de jogo para 10 anos e divulgaram regulamentos que buscam aumentar a propriedade local e a supervisão do governo.

Esses fatores não impediram a oferta da GMM, empresa controlada pelo magnata malaio e presidente do Genting, Lim Kok Thay.

Mais conhecido por seu resort nas terras altas da Malásia, Genting também opera em Las Vegas e Cingapura. Ele apoiou uma estação de esqui na China que sediou as Olimpíadas de Inverno deste ano.