Consórcio Stellantis China Jeep vai entrar com pedido de falência
Um consórcio chinês que produz SUVs Jeep para a Stellantis vai declarar falência, disse a montadora europeia na segunda-feira, depois que seu presidente-executivo reclamou no início deste mês que as tensões políticas com o Ocidente estavam afetando o ambiente de negócios.
No início deste mês, Carlos Tavares havia dito que a gigante automobilística consideraria encerrar a produção na China, questionando se a estabilidade das relações entre Pequim e o mundo poderia ser garantida.
Os acionistas deram sua aprovação para a joint venture entrar com pedido de falência "em um contexto de prejuízo", disse Stellantis.
A montadora havia encerrado a consórcio Jeep com o parceiro local Guangzhou Automobile Group (GAC) em julho e está conversando com o parceiro local Dongfeng sobre suas marcas Peugeot e Citroen.
Os "ativos do consórcio Jeep não eram mais suficientes para pagar todas as dívidas", disse o GAC em um documento separado para a bolsa de valores de Hong Kong na segunda-feira, confirmando que o empreendimento entraria em falência.
"Afetados por fatores como o declínio na competitividade do produto, a produção e as operações (do empreendimento GAC-Stelantis) caíram gradualmente em dificuldades", disse o GAC.
Ao contrário da rival alemã Volkswagen, que vendeu três milhões de carros na China no ano passado, a Stellantis nunca chegou lá.
A empresa pretende faturar 20 bilhões de euros (US$ 19,6 bilhões) na China até 2030 com suas 14 marcas, mas Tavares no início deste mês reclamou do tratamento desigual de Pequim.
"O tapete vermelho é estendido para os fabricantes chineses na Europa, e não é assim que somos recebidos na China", disse ele a repórteres no Salão Automóvel de Paris.
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