O Sri Lanka está enfrentando sua pior crise econômica desde a independência da Grã-Bretanha em 1948
O Sri Lanka está enfrentando sua pior crise econômica desde a independência da Grã-Bretanha em 1948 AFP

A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou na terça-feira sobre o agravamento da crise alimentar no falido Sri Lanka e disse que o número de pessoas que precisam de ajuda humanitária urgente dobrou para 3,4 milhões.

As agências da ONU estimaram em junho que 1,7 milhão dos 22 milhões de habitantes do Sri Lanka precisavam de ajuda.

As agências da ONU em Colombo, em um comunicado conjunto, disseram ter arrecadado US$ 79 milhões para alimentar os necessitados, mas o número crescente de pessoas pobres significava que precisavam de mais US$ 70 milhões.

"A insegurança alimentar no Sri Lanka aumentou dramaticamente devido a duas temporadas consecutivas de más colheitas, escassez de divisas e redução do poder de compra das famílias", disse o comunicado.

O Sri Lanka está enfrentando sua pior crise econômica desde a independência da Grã-Bretanha em 1948 e vem enfrentando inflação descontrolada, apagões de energia e racionamento de combustível desde o ano passado.

O país deixou de pagar sua dívida externa de US$ 51 bilhões em meados de abril e está em negociações com o FMI para um resgate de US$ 2,9 bilhões.

Meses de protestos contra os altos preços e a escassez de alimentos e medicamentos levaram à queda do presidente Gotabaya Rajapaksa em julho.

A ONU disse que seu plano revisado visa alimentar 2,1 milhões de pessoas, incluindo mães grávidas e crianças em idade escolar, e fornecer apoio de subsistência a 1,5 milhão de agricultores e pescadores.

Ele também disse que a taxa de pobreza no país do sul da Ásia dobrou para 25,6% este ano, acima dos 13,1% do ano passado.