A China fechou parques, shoppings e museus em sua capital, Pequim, depois que o país registrou 28.000 casos de Covid-19 na terça-feira.

O número de casos de Covid relatados em Pequim também mais que dobrou, de 621 no domingo para 1.438 na terça-feira, o recorde diário da cidade desde o início da pandemia.

As autoridades locais pediram aos residentes que ficassem em casa. As escolas agora estão dando aulas virtuais, os restaurantes foram fechados e os funcionários foram solicitados a trabalhar em casa, de acordo com uma reportagem do The Independent.

As autoridades afirmaram que a cidade está enfrentando seu "teste mais severo da pandemia".

A China é a única grande economia do mundo que segue a política de "covid zero", impondo bloqueios instantâneos, quarentenas forçadas e restrições de viagens. Esses bloqueios instantâneos não foram apenas uma fonte de ressentimento entre seus cidadãos, mas também afetaram sua economia.

A China defendeu sua política dizendo que está ajudando seu sistema a lidar com a crise e evitar que ela seja invadida.

Nos últimos meses, vários casos de autoridades chinesas invadindo casas chegaram às mídias sociais. As autoridades até ergueram barreiras de aço em alguns complexos para impedir que pessoas positivas para Covid saíssem de seus prédios de apartamentos. Muitos deles recorreram às redes sociais nos últimos meses para expressar seu protesto contra o mesmo.

Na semana passada, autoridades da cidade de Guangzhou, no sul, amarraram duas mulheres e as deixaram nas ruas por quebrarem os protocolos da Covid.

O incidente gerou duras críticas de usuários de mídia social. Esta não foi a primeira vez que as autoridades chinesas recorreram a medidas tão extremas.

Apesar do ressentimento em todo o país, a China se recusou a relaxar suas medidas de contenção da Covid. No mês passado, o presidente chinês Xi Jinping indicou que o país não tem planos de relaxar sua política de "zero-COVID", acrescentando que era a "guerra popular para impedir a propagação do vírus".

surto de covid em xangai
Sob o controle inflexível do vírus na China, qualquer pessoa positiva deve ser isolada de pessoas não infectadas Foto: AFP / Hector RETAMAL IBTimes UK